"Não corresponde a nós modificar a composição deste grupo, que recebeu um mandato da comunidade internacional", afirmou o porta-voz da chancelaria francesa, Bernard Valero, ao ser questionado sobre o pedido feito na terça-feira pelo Brasil.
"As sucessivas resoluções do Conselho de Segurança sobre o Irã destacaram e reafirmaram o papel do grupo 3+3 (mais conhecido como 5+1) e do Alto Representante (europeu) na busca por uma solução negociada com o Irã sobre o programa nuclear", disse Valero.
À margem da reunião de cúpula União Europeia-América Latina de Madri, o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Assuntos Internacionais, Marco Aurelio Garcia, considerou "normal e desejável" a participação do Brasil no grupo 5+1.
"Acredito que seria normal que pelo menos uma boa parte das negociações se abrissem (a Brasil e Turquia). Seria normal e desejável", afirmou Marco Aurélio Garcia.
O grupo 5+1 é formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha) e pela Alemanha.
O acordo tripartite anunciado na segunda-feira por Teerã - concluído no domingo com Brasil e Turquia - prevê que o Irã envie à Turquia 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido (a 3,5%), para ser trocado em um prazo máximo de um ano por 120 quilos de combustível altamente enriquecido (20%), necessário para o reator de investigação científica em Teerã.