Boiar no Mar Morto: luxo sem igual

18-05-2010 19:06

 Boiar no Mar Morto: luxo sem igual

2010-01-17 17:58

Aproveite, pois ele corre o risco de desaparecer em menos de 50 anos (mas há um projeto que pode salvá-lo).

 

 

 
 
 
 
 
MAR MORTO - É no ponto mais baixo da Terra que a Jordânia guarda seu maior segredo: o Mar Morto. Boiar nas águas salgadas do lago formado numa depressão, a 400 metros abaixo do nível do mar, é a experiência mais inusitada e necessária dessa jornada, mas pode estar com os anos contados. A superfície do Mar Morto tem encolhido cerca de 1 metro por ano e pode sumir completamente até 2050.

O Mar Morto tem 80 quilômetros de extensão - divide a Jordânia e a Cisjordânia, ocupada por Israel - e é alimentado pelo Rio Jordão. A redução do seu volume está relacionada ao contínuo uso das águas do rio para agricultura, mineração e irrigação. Só nos últimos 50 anos, o lago perdeu um terço de sua superfície.

Toda essa polêmica uniu Jordânia, Israel e Palestina, que concordam pelo menos em um ponto: não podem perder o passado histórico e o diferencial turístico da região. Os governos trabalham para fechar com o Banco Mundial um acordo de US$ 5 bilhões. A idéia é construir um canal de 180 quilômetros para levar água do Mar Vermelho até o Mar Morto.

''Esse projeto é a prioridade da Jordânia'', afirma a ministra do Turismo, Maha Khatib. ''Estamos investindo muito, assim como Israel e Palestina, porque não podemos perder a característica única da região.''

Com grau de salinidade seis vezes maior que o dos oceanos, o Mar Morto tem águas cinzas e completamente sem vida, capazes de fazer qualquer pessoa boiar sem o mínimo esforço. A região, que teria sido capital de pelo menos seis reinos bíblicos, só começou a ser explorada pelo turismo há dez anos, com a chegada dos primeiros resorts e spas. Hoje, cerca de 1 milhão de pessoas visitam a localidade todos os anos.

''O Mar Morto é o primeiro spa natural do mundo'', avalia Bruno Huber, gerente do Mõvenpick, hotel inaugurado em 1999. Isso porque os sais minerais de suas águas, como sódio, magnésio e potássio, aliados à atmosfera local (com muito oxigênio), são produtos perfeitos para tratamentos estéticos. ''A crescente demanda pelo turismo de saúde, beleza e bem-estar fazem do Mar Morto um destino estratégico.''

O gerente do Marriott, Philip Papadopoulos, concorda: ''É um ponto único na Terra para turismo religioso, de lazer e de bem-estar.'' Não à toa, o Marriott abriu as portas às margens do lago em 2002. ''Todos estamos preocupados, mas confiamos no projeto do canal que vai trazer água do Mar Vermelho'', comenta Papadopoulos. ''O Mar Morto certamente não vai desaparecer.''
 


VIDA BOA

São os resorts que dão vida à região deserta do Mar Morto. Do lado jordaniano, existem três hotéis cinco-estrelas: Mõvenpick, Marriott e Kempinski. Todos têm acomodações amplas, restaurantes de cozinha internacional e, claro, movimentados spas.

O Mõvenpick é o mais original porque reconstitui uma vila árabe. Mas a rusticidade está apenas na arquitetura e na decoração. Basta entrar no Zara Spa para sentir a atmosfera sofisticada. Ali, todos os tratamentos corporais e faciais utilizam produtos à base dos sais minerais retirados da água. Não deixe de relaxar na hidromassagem da piscina infinity, construída de tal forma que o turista tem a ilusão de estar no mesmo nível do Mar Morto - com um cenário inacreditável ao redor.

Nada, porém, substitui a experiência de boiar no Mar Morto. Depois de curtir todo o conforto dos resorts, vá até a ''praia'' particular de cada um deles e observe a paisagem. Rodeadas por montanhas - é possível identificar a Cisjordânia, também chamada de West Bank -, as águas refletem diferentes tons de cinza conforme o sol ganha o céu.

Antes do banho, duas recomendações: evite o contato da água com os olhos e não fique boiando por mais de 15 minutos, sob risco de desidratação. A primeira sensação é estranha: o lugar é misterioso e isso dá um certo frio na barriga. A água está gelada e o sal faz arder até as feridas que você não tinha - ou aquelas que nem sabia que tinha.

Leva tempo para o corpo deixar-se boiar. Mas depois, quando você estiver relaxado, a brincadeira começa. Aproveite cada segundo dessa experiência. Faça poses, tire fotos, aprecie o visual. Se for fim de tarde, uma surpresa: com o (imperdível) pôr-do-sol surge a revoada de pássaros cantantes.

Ao sair do Mar Morto, entre nos chuveiros de água doce espalhados pela areia e saia de alma lavada.
 

1. Procedimento da transação penal A audiência preliminar que faz menção o artigo 72 da Lei n. 9.099/1995 é composta de duas partes: [1] composição dos danos e [2] proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade [01], que poderá ser restritiva de direitos ou multas [02]. A composição dos danos tem relevância na parte penal quando se tratar de ação penal de iniciativa privada ou de pública condicionada à representação, pois o acordo homologado significará renúncia ao direito de queixa ou representação [03]. Quando se tratar de ação penal pública incondicionada, a composição dos danos e a transação são completamente independentes uma da outra. Em outras palavras, se não houver composição dos danos, isto não será impeditivo para a proposta da pena alternativa. Se acontecer a composição, isso, por si só, não será motivo suficiente para obter a transação. Um pouco diferente será a situação quando envolver delitos ambientais. De acordo com o artigo 27 da Lei n. 9.605/1998, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa (disposta no artigo 76 da Lei n. 9.099/1995), somente poderá ser formulada se houver a "prévia composição do dano ambiental". Essa prévia composição foi entendida pela doutrina especializada como compromisso de recuperação ambiental e não a efetiva reparação do dano [04]. Portanto, há uma condição anterior ao momento do oferecimento da proposta de transação penal. Assim, se o suposto autor do fato não se comprometer (acordar) a recuperar o ambiente degradado, não se vai para a fase seguinte (transação = aplicação da pena restritiva de direitos ou multa). Firmado o compromisso, então, nos termos do artigo 76 da Lei n. 9.099/1995, o Ministério Público, não sendo caso de arquivamento, poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas.